Em destaque, o lendário guitarrista Tony Iommi, do Black Sabbath, reflete sobre o emocionante espetáculo de despedida da banda, “Back to the Beginning”, que reuniu Ozzy, Geezer e Bill, acompanhado por Metallica, Slayer e outros grandes nomes em Villa Park, Birmingham. Iommi compartilha sua nostalgia, ansiedade e alívio, lembrando-se de traumas e desafios – incluindo sua prótese artesanal que moldou o icônico riff doom – e celebra o impacto cultural da banda durante mais de cinco décadas.
Sua narrativa revela emoções complexas: a euforia da reunião histórica, a preocupação com a saúde frágil de Ozzy, e o peso de encerrar um capítulo monumental do heavy metal. Esse encerramento não parece apenas uma despedida, mas um rito de passagem repleto de reverência e introspecção artística.
Em entrevista ao SiriusXM’s Trunk Nation, Iommi revelou que o Black Sabbath ensaiou cerca de sete músicas para o espetáculo, mas acabou apresentando apenas quatro devido a restrições de tempo e questões logísticas. Ele comentou: “Well, we had seven songs ready…, but we ended up doing four”. A setlist foi composta por clássicos definitivos do grupo: “War Pigs”, “Iron Man”, “N.I.B.” e “Paranoid”. A opção por um set enxuto foi motivada também pelas limitações de performance dos músicos — todos na faixa dos setenta anos — e pelo adequado descanso de Ozzy, que fez um set solo imediatamente antes do retorno do Sabbath ao palco LouderGuitar World.
Iommi também expressou sua preocupação com a saúde de Ozzy, já que o vocalista foi diagnosticado com Parkinson e apresentou mobilidade reduzida. Ele disse que era essencial garantir o desempenho de Ozzy para ambos os sets e destacou a escolha de realizar o show sentado, enquanto em um “throne” — uma estrutura que o mantinha firme no palco. A logística envolveu ainda o uso de um palco giratório, preocupação com cortinas e vento, e a coordenação para garantir uma transição tranquila da performance solo de Ozzy para a reunião da banda — tudo sendo “feito na hora”, conforme revelou em áudio ao vivo Wikipédia.
Além disso, Tony destacou o propósito altruísta do evento: os lucros foram totalmente destinados a três entidades: Cure Parkinson’s, Birmingham Children’s Hospital e Acorns Children’s Hospice. O guitarrista comentou que, após tanta hesitação em retomar um show de despedida (já que havia feito isso em 2017), o motiva o fato de “estarmos fazendo isso por um motivo… ninguém está sendo pago”.
Em termos emocionais, Iommi admitiu que a ansiedade e o nervosismo aumentaram — especialmente pelo fato de Bill Ward não tocar ao vivo com a banda há 20 anos e Ozzy estar fisicamente fragilizado. Ele comentou que foi “hairy wondering what’s gonna happen”, mas sentiu um alívio genuíno quando o show transcorreu bem. Ao final, comemorou o reencontro com a banda, o sucesso da apresentação e a causa beneficente alcançada — transformando-se em “alívio e gratidão”.
Em resumo, Iommi demonstrou sensibilidade ao lidar com as condições dos colegas, organização improvisada diante de imprevistos técnicos, e satisfação por encerrar a trajetória da banda de uma forma tão significativa — unindo emoção, história e solidariedade.
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